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Emoções seletivas. Empatia ou compaixão

Foto do escritor: Cadu LemosCadu Lemos


Em um mundo interconectado e interdependente, os conflitos estão presentes em todas as esferas da sociedade e acabamos sendo testemunhas em tempo real de confrontos ao redor do planeta. Esses confrontos, sejam entre Estados ou facções internas, requerem nossa atenção e ação coletiva para buscar soluções pacíficas.


Enquanto refletimos sobre o nosso papel na construção de um mundo mais compassivo, é crucial considerar também as situações de conflito que persistem globalmente, bem como a violência urbana que afeta comunidades em diversos lugares, incluindo o Brasil.


Atualmente, algumas das principais guerras ativas ao redor do planeta incluem o conflito entre Israel e Hamas, o conflito entre Azerbaijão e Armênia em Nagorno-Karabakh, a guerra entre Rússia e Ucrânia, a guerra civil no Iêmen, bem como a violência urbana que impacta muitas cidades em diferentes regiões do mundo.


No contexto brasileiro, a violência urbana é uma realidade que afeta muitas comunidades. É essencial olharmos para essas questões de maneira objetiva, buscando entender as raízes dos conflitos e trabalhando juntos para criar soluções que promovam a paz e a segurança para todos.


No entanto, acredito firmemente que nossa resposta a esses conflitos vai além de ser meramente seletivos em nossa percepção. Devemos buscar, em paralelo, um aprimoramento contínuo do nosso autconhecimento, compaixão e empatia. Olhar para dentro, antes de olhar para fora.


Ao olhar para o mundo com uma mente não dual, podemos transcender as divisões e trabalhar em direção à paz e à compreensão global.


A jornada do autodescobrimento nos permite cultivar uma consciência mais profunda de nossas próprias ações, valores e preconceitos. A compaixão e empatia, por outro lado, nos capacitam a entender a perspectiva dos outros e encontrar soluções que promovam a coexistência pacífica.


Infelizmente, o termo 'empatia', tem sido usado e abusado, de forma gratuita muitas vezes, o que faz com que sua percepção e adoção percam força.


Veja aqui, a posição do psicólogo canadense Paul Bloom sobre esse tema:


"A empatia é um dos principais motivadores da desigualdade e da imoralidade na sociedade. Longe de nos ajudar a melhorar a vida dos outros, a empatia é uma emoção caprichosa e irracional que apela para nossos preconceitos estreitos."


O que Bloom sugere que precisamos em vez de empatia?


Ao desconstruir como a empatia afeta nossas decisões e leva a resultados abaixo do ideal, Bloom propõe uma alternativa à empatia: a compaixão racional.


Vamos lembrar que somos parte de uma comunidade global e nossas ações, mesmo que pequenas, podem fazer a diferença. Ao se envolver de forma consciente e compassiva com o mundo ao nosso redor, podemos contribuir para um futuro mais pacífico e harmonioso para todos.



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